Não tenho nada de relevante pra falar!
Não sou um bom comunicador!
Se eu tentar falar e errar em alguma coisa, já era!
Se você já falou alguma dessas frases (ou todas), este artigo foi feito pra você!
Existem diversos problemas quando o assunto é comunicação:
- Existem aqueles que têm muita vergonha
- Existem aqueles que são super confiantes, mas têm uma grande dificuldade em serem objetivos.
- Existem aqueles que têm um conhecimento invejável, mas sofrem para ensinar outras pessoas, ou seja, falta de didática.
Cada um tem suas dificuldades. Isto acontece porque somos seres humanos, e apesar de sermos bilhões, somos únicos. Mas existe um problema que fica evidente na maioria das pessoas. Na verdade, é mais que um problema de comunicação, trata-se de um dos maiores medos que existe: o medo do julgamento.
Afinal, por que isto acontece?
Se formos investigar a causa deste problema, veremos que trata-se de algo que foi muito potencializado pelas redes sociais: a COMPARAÇÃO!
Não se compare a ninguém. A comparação só nos leva a dois sentimentos: o da inferioridade ou do orgulho!
As redes sociais nos acostumaram, como nunca antes, a ver:
- a vida dos outros;
- as qualidades dos outros;
- as férias dos outros;
- o corpo bonito dos outros;
- A palestra perfeita dos outros.
E claro, nós sabemos que as pessoas postam somente o lado bom de suas vidas (ou será que é só aparência?).
Mas sabe como é esse tal de cérebro né? Isso gera em nós uma falsa sensação de que todo mundo é perfeito, exceto nós mesmos.
Tá, mas qual a relação disto com medo de falar em público?
Nós somos bombardeados de histórias de pessoas bem-sucedidas, de pessoas com histórias de vida que viram palestras motivacionais, pessoas que conseguem grandes feitos.
E vendo tudo isto, a pergunta que a gente faz é: e o que a minha história tem de interessante? Quem sou eu pra falar algo?
De onde vieram estas perguntas acima? Sim, da comparação!
Outro ponto para se refletir. Se a gente analisar alguns dos canais de conteúdos que utilizamos (TV, Rádio, Vídeos na Internet) percebemos que neste meio estão ótimos comunicadores. E claro, por ver isto todos os dias, tomamos isto como referência, se esquecendo que a grande parcela da população tem vários problemas pra se expressar. Resumindo: comparação!
Além disto existe outro fator que deixa esta comparação injusta: a INDIVIDUALIDADE.
Como já citei, somos únicos. Cada um tem seu perfil, suas motivações, suas fraquezas e suas fortalezas. E quando se trata de comunicação, geralmente nos comparamos com pessoas que não têm nosso perfil. Talvez jamais chegaremos próximo de ser como esta pessoa.
Imagine o William Bonner se comparando ao Silvio Santos, querendo sorrir a todo momento e ter toda aquela alegria e carisma. Provavelmente ele seria mais um frustrado nesse mundo!
Reação do William Bonner ao saber que não precisa imitar o Silvio Santos:
Veja a história de uma aluna da Aptitude e o quanto ela nos ensina sobre esse assunto:
“A maioria de nós é criado tendo que seguir um padrão que a sociedade julga como o padrão ideal de vida (estudar, trabalhar, constituir família, fazer faculdade, enfim), e comigo não foi muito diferente.
Eu me vi aos 20 e poucos anos me formando em uma faculdade que eu não queria, não gostava, mas que eu precisava me formar porque eu precisava de uma graduação. Depois de um tempo frustrada com isso, não conseguindo emprego na área e tudo mais, eu fui me permitindo conhecer outras áreas, outras profissões, porque eu percebi que independente da profissão que eu escolhesse exercer, as pessoas iriam me julgar, então eu falei: “vou seguir o que eu quero, o que eu gosto, o que vai me fazer feliz, porque independente de qualquer coisa vai haver um julgamento”.
Depois, eu percebi que no início dessa nova profissão, que era algo que me fazia feliz, existia um outro problema, que é a comparação, porque eu sempre comparava o meu trabalho com o de pessoas que já estavam há muito tempo nesta área, além de outras pessoas que também faziam esta comparação (entre meu trabalho e o de experts), e isto fazia muito mal para mim.
Comecei a perceber que isto estava me desmotivando cada vez mais e então comecei a focar no quanto eu evolui dentro da minha profissão, no quanto eu estava sendo uma pessoa e uma profissional melhor a cada dia, e isto tem me ajudado bastante, me dado bastante motivação, porque as pessoas sempre vão julgar e elas sempre vão te comparar com algo que vai, talvez, te deixar pra baixo, mas você tem que ter consciência do que você fez pra chegar onde está e evoluir cada vez mais, não desistir por causa deste julgamento e desta comparação.”
Este caso mostra o quanto o medo do julgamento e as comparações nos prejudicam, não apenas em nossa comunicação, mas na vida!
Beleza, mas e ai, o que a gente faz?
Entendi, mas e agora, como perder o medo do julgamento?
Você precisa trabalhar duas áreas: mentalidade e ambiente
1. Mudar sua Mentalidade
Se fala bem em público: LÁ VEM MAIS UM COM PAPINHO DE COACHING
Se recusa a falar em público: AMARELOU
Se fala em público, mas demonstra nervosismo: TREME MAIS QUE VARA VERDE
Se é um ótimo vendedor: CUIDADO QUE ELE TE ENGANA FÁCIL COM ESSA LÁBIA
Se não sabe vender: COITADO, VAI MORRER DE FOME
Mudar sua mentalidade significa entender que o julgamento estará presente sempre, independente do que você fizer.
Resumindo, seu pensamento deve ser o seguinte:
“Já que vão me julgar de qualquer jeito, que eu esteja fazendo o que gosto e o que me traga crescimento.”
2. Mudar seu ambiente
Existe uma grande cobrança da sociedade para que a gente seja perfeito e faça coisas que não necessariamente queremos. Essa cobrança vem da família, das mídias, dos amigos, etc.
Para que você possa enfrentar este medo do julgamento, uma dica excelente é você controlar seu ambiente. Mas o que significa isto?
Você precisa:
- estar perto de pessoas que te apoiem;
- se desafiar a conhecer novos lugares e consequentemente, novas pessoas;
- estar em locais que aceitem seus erros como um processo de aprendizagem.
Resumindo...
NADA, absolutamente NADA que você fizer vai estar bom para os outros.
Sua história pode ser exatamente o que uma pessoa precisa ouvir neste momento. Será que vale a pena
Portanto, se permita errar e use sua comunicação para espalhar sua história pelo mundo.
Foque naquele que precisa da sua mensagem e ignore aquele que zomba dela!
Até mais!