A verdade sobre empatia
Quando falamos sobre empatia, é provável que você tenha pensado na famosa frase “empatia é se colocar no lugar do outro”.
Será que é somente isso?
Podemos ver a empatia como sentir o que a outra pessoa está sentindo ou entender o que ela está pensando. É verdade que, se imaginarmos o que essa pessoa está sentindo, poderemos sentir empatia, mas não necessariamente. Estar triste com a situação de outra pessoa pode provocar compaixão ou pena, mas estes não são sentimentos de empatia.
Então o que é e como a utilizar em nossas relações?
Empatia vai muito mais além, envolve presença e escuta de verdade. É como se a outra pessoa estivesse segurando um novelo de lã todo bagunçado, você deixasse o novelo se desenrolar e aí sim dissesse “Eu não sei o que te dizer agora, mas estou feliz que você se abriu comigo.”. A empatia é um conjunto completo de ações que potencializam suas relações se bem aplicadas em sua comunicação, e para que isso ocorra, existem quatro passos específicos para colocá-la em prática de forma assertiva.
Passo 1: observe
Ouça atentamente o que a pessoa tem a dizer sem julgamentos (esteja presente).
Passo 2: seja sensível
Cite o nome dos sentimentos que a pessoa compartilhou: “Você ficou muito triste? Muito decepcionada?”. Verbalizar o que a outra pessoa possa estar sentindo vai deixá-la à vontade, comente espontaneamente sobre o ocorrido para compartilhar mais sentimentos.
Passo 3: seja um pouco detetive
Investigue a necessidade da pessoa. Empatia é buscar pela necessidade do outro. Ouça atentamente e se pergunte: “Do que essa pessoa precisa nesse momento?” e “Como posso ajuda-lá”?.
Passo 4: ajude
Esteja disponível para ajudar a pessoa ou fazer algo para que ela se sinta melhor.
Pode ser simples e efetivo.
Experimentar a empatia na construção das relações requer uma espécie de truque mental, envolve direcionar nossa consciência para um lugar em que nossa mente não vai por vontade própria – “se colocar no lugar do outro sendo o outro” – permanecendo alí por um momento, para registrarmos sua necessidade emocional e cognitiva e depois retornar a nossa própria realidade.
Ser empático nem sempre é fácil e, com a ajuda da neurociência, sabemos agora que chegar a um lugar de imaginar como é ser outra pessoa envolve atividades cerebrais complexas. Não existe um único lugar em nosso cérebro onde a empatia aconteça – ao contrário, a empatia envolve ações neurológicas que estão espalhadas por todo o cérebro.
Fazer o exercício da empatia na comunicação nos leva a perceber que a forma como externalizamos nossos sentimentos e como nos preocupamos com as emoções do outro ditam as regras das boas relações. Isso, por sua vez, pode fazer com que você tenha mais assertividade e maior conexão com as pessoas à sua volta.
Muitas vezes, queremos e nos esforçamos para sermos empáticos e erramos categoricamente. Mas relaxa, que como toda habilidade, ser mais empático(a) em sua comunicação também é treinável.
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