A fórmula da amizade: uma ferramenta (quase) mágica

A importância dos livros em nossas vidas

Antes de mergulhar na temática da aula de hoje, gostaríamos de reforçar, de antemão, a importância dos livros/leitura em nossas vidas. A aula de hoje é um estudo transformado em ferramenta prática de um dos livros mais vendidos da Amazon, ocupando a 8ª posição no ranking de temas como “Transformação Pessoal”. Portanto, ao selecionar um conteúdo para leitura, não apenas leia. Estude! Os livros podem ser grandes ferramentas em sua vida se bem explorado.

Agora chega de introdução… Hora da aula!

 

A fórmula da amizade, uma ferramenta (quase) mágica

Como introduzimos acima, esse conteúdo tem como base o estudo de um grande clássico, e um dos livros mais vendidos das categorias de transformação, motivação e autoestima da Amazon. O livro “Manual de Persuasão do FBI”, escrito por Jack Schafer com a participação de Marvin Karlins, revela os segredos da polícia secreta norte-americana para identificar mentiras, influenciar, atrair e conquistar pessoas.

Tá… Mas o que isso tem a ver com construir conexões e/ou como bem empregado por Jack, construir amizades (tema da aula de hoje)? Jack, ou melhor, Dr. Jack Schafer é um ex-agente especializado em análise comportamental do FBI, em seus mais de 20 anos de carreira, desenvolveu trabalhos que vão desde espionagem até identificar criminosos, e não só isso, era especialista em fazê-los confessar seus crimes.

Ele não só atuava na prática, como também recrutava e formava novos espiões/agentes com base em suas técnicas.

 

As técnicas de Jack, possuiam quatro blocos básicos, que em nosso estudo, vamos considerar como 2 grandes princípios:

1 – O principio da comunicação não verbal: proximidade, frequência e duração.

2 – Comunicação verbal: intensidade.

Portanto, na visão de Jack, a fórmula da amizade é = proximidade + frequência + duração + intensidade.

Então, vamos nos aprofundar no que chamamos de primeiro princípio, a comunicação não verbal.

 

Proximidade

Será que é possível construirmos uma conexão com a pessoa antes mesmo de qualquer troca de palavras? E a resposta segundo Jack é: sim! Não só conseguimos, como essa etapa é uma parte fundamental para a construção da amizade.

No livro, Jack chama esse processo inicial de “proximidade”. A próximidade nada mais é do que a distância entre você e outro individuo. Para deixar mais didático, podemos aplicar nessa ocasião o ditado popular “é preciso ser visto, para ser lembrado”. Para Jack, a proximidade serve como um elemento essencial para todas as relações. Estar presente no mesmo espaço que seu “alvo” é algo crucial para iniciar o processo de desenvolvimento de uma relação porque as pessoas tendem a gostar mais de pessoas que frequentam o mesmo ambiente.

 

Segundo Jack, a proximidade consiste em:

  • Frequentar o mesmo ambiente: dê preferência por locais que façam parte do seu cotidiano (comportamento) e da pessoa alvo. No caso de Jack, por ser um agente do FBI, esses locais alvo eram “mapeados”, no nosso caso, é ideal que faça parte de uma rotina em comum, caso contrário, essa ação pode ser um tiro no pé.
  • Esteja presente, mas cuide dessa presença: por ser um ambiente em que você tem o hábito frequentar, haja naturalmente e cuide para que sua presença não soe como algo ameaçador e acione “escudos” na pessoa alvo que possam gerar um incomodo ou gerar uma má impressão.

 

Então, o primeiro passo  da fórmula da amizade e do principio da comunicação não verbal na construção de relações é “estar presente” no mesmo ambiente que a pessoa alvo. No caso de um ambiente digital, podemos trazer essa proximidade por grupos de interesses similares e comunidades.

Lembrando que, estamos usando como estudo de caso as experiências de um ex agente do FBI e precisamos adaptar as ferramentas para que sejam efetivas em nossas vidas. Afinal, o objetivo aqui é ampliar o leque de oportunidades para potencializar relações.

 

Frequência + duração

O 2º e o 3º bloco andam lado a lado.

 

Jack explica que a proximidade só é efetiva quando combinada à frequência e à duração. Ou seja, não basta apenas “ser visto” é preciso empregar frequência e tempo de duração no mesmo ambiente da pessoa alvo. Então imagine que você gostaria de se aproximar de uma pessoa que frequenta o mesmo grupo de estudos que você. Esse grupo tem em média 50 pessoas que se reúnem 1x por semana, totalizando uma média de 4 encontros mensais. Apesar de ter tido contato com a pessoa alvo, devido à quantidade de pessoas no mesmo grupo, ela não faz parte do seu círculo de relacionamento mais próximo, mas, você observou à distância que possuem interesses em comum e que essa aproximação poderia gerar benefícios mútuos para ambas as partes.

Então, após ter contato com a fórmula da amizade, você decide iniciar as etapas base para tentar uma conexão com a pessoa alvo.

 

Passo 1: proximidade

Vocês frequentam o mesmo grupo, já se cumprimentaram mas não possuem o mesmo círculo de amizades. Você mantem a constância nos encontros do grupo de estudos e também pode notar que a pessoa alvo frequenta o mesmo clube que você nas horas vagas.

Como estratégia, você não só manterá a frequência dos encontros do grupo de estudos, mas também irá mais vezes ao clube a fim de “ser visto” pela pessoa alvo em mais um ambiente em comum.

 

Passo 2: frequência + duração

Antes, você só tinha contato com a pessoa alvo uma vez na semana, totalizando aproximadamente 4 vezes por mês. Depois de algumas idas ao clube pós expediente, você notou que poderia encontrar a pessoa alvo por lá por pelo menos + 1 vez. O ponto de contato agora dobrou, e a duração também. O exemplo acima ilustra os passos proximidade + frequência + duração em ação. Com base no estudo do livro, chamamos esses passos de principios da “comunicação não verbal” da fórmula da amizade. E se olharmos ao nosso redor e analisarmos cada uma das nossas amizades/conexões, vamos perceber uma grande atuação da fórmula da amizade de Jack ao longo de toda nossa vida. Nossos amigos de infância, por exemplo. Em sua grande maioria, criaram uma conexão na fase do colégio, talvez por sentarem próximos ou terem alguma amizade em comum, ou até mesmo por morarem perto, se viam todos os dias, frequentavam o mesmo ambiente e mantinham constância do ponto de contato – naturalmente, um tempo se passou e o que chamamos de princípio 2 foi ganhando confiança para começar a surgir: a comunicação verbal.

 

Na próxima aula, vamos falar desse segundo princípio e como Jack o aplicou em suas experiências.

Até lá, utilize sua semana para treinar o passo 1.  Mapeie quem são as pessoas alvo que você deseja se aproximar e aplique a estratégia de proximidade + frequência + duração.

 

Na semana que vem, aprenderemos como dar escala para as amizades.

Ainda não é aluno(a) da Universidade e quer aprofundar seus conhecimentos e adotar um estilo de vida comunicativo?

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